A Executiva do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo aprovou, nesta terça-feira (16), a volta da ex-prefeita petista Marta Suplicy às fileiras do partido. A decisão, respaldada por 12 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção, abre caminho para a possível candidatura de Marta como vice-prefeita na chapa encabeçada por Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições de 2024. Contudo, a movimentação política não está isenta de discordâncias internas, uma vez que a Executiva rejeitou a proposta de prévias para a escolha do candidato a vice, indicando uma decisão centralizada.
O retorno de Marta Suplicy ao PT, quase nove anos após sua saída, é marcado por uma série de declarações anteriores que evidenciam discordâncias com o partido. Críticas contundentes, como a acusação de que o “PT traiu os brasileiros” com uma “avalanche de corrupção”, além de declarações favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), apresentam um histórico que pode gerar questionamentos sobre a coerência ideológica da ex-prefeita ao integrar novamente as fileiras petistas.
Após o anúncio de que o PT aceitará o retorno de Marta Suplicy e sua possível candidatura a vice de Guilherme Boulos, o presidente municipal do partido, Laércio Ribeiro, minimizou as críticas internas, destacando que o retorno da ex-prefeita foi condicionado à participação em diálogos internos para “diluir” resistências. A decisão de não realizar prévias para a escolha do vice, mesmo diante de outras possíveis candidaturas, sugere uma centralização de decisões que pode suscitar questionamentos sobre a democracia interna do partido.