A disputa entre os candidatos de direita à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), tem se intensificado a menos de três semanas do primeiro turno, com a maioria dos paulistanos desse espectro político dividindo seus votos. Segundo a última pesquisa Datafolha, Marçal lidera com 42% entre os eleitores bolsonaristas, enquanto Nunes, apoiado oficialmente por Bolsonaro, aparece com 39%. Ambos buscam consolidar o apoio conservador, embora Marçal seja visto como uma opção mais alinhada aos valores desse público, enquanto Nunes tenta reforçar sua credibilidade entre o voto direitista.
A oscilação nas intenções de voto entre os bolsonaristas reflete as estratégias de ambos os candidatos. Marçal, que chegou a ter 48% nesse segmento no início de setembro, viu sua vantagem diminuir após críticas de Bolsonaro sobre sua participação no ato de 7 de Setembro. Nunes, por outro lado, recuperou-se entre esses eleitores ao intensificar sua aproximação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem se destacado como seu principal cabo eleitoral, ajudando a fortalecer a imagem do prefeito como conservador.
Enquanto isso, o empresário digital Pablo Marçal enfrenta ataques de seus adversários, que exploram condenações judiciais passadas e acusações de vínculos partidários com o crime organizado. A campanha de Nunes tem utilizado sua propaganda para apresentar Marçal como uma opção de risco, ao passo que o próprio prefeito tenta se reposicionar entre os eleitores de Bolsonaro, admitindo erros em relação à pandemia e defendendo bandeiras como o impeachment de ministros do STF.