Em uma recente série de ações do governo nicaraguense liderado pelo presidente Daniel Ortega, propriedades pertencentes a dissidentes políticos que anteriormente foram banidos e tiveram sua cidadania revogada foram confiscadas. Esse movimento gerou revolta e condenação internacional.
Entre os afetados estão a renomada escritora Gioconda Belli e seu filho Camilo de Castro, os ex-ministros das Relações Exteriores Norman Caldera e Francisco Aguirre Sacasa, bem como os ativistas de direitos humanos Haydee Castillo e Gonzalo Carrión. Moisés Hassan, um ex-sandinista, também caiu vítima das apreensões de propriedades, conforme relatado pelo jornal nicaraguense La Prensa.
Os indivíduos afetados denunciaram as ações como tentativas flagrantes de suprimir a dissidência. Belli, em uma postagem no Twitter, lamentou a perda de sua casa em Manágua. Ela acusou o regime de perder seus valores e história, tornando-se “tiranos insalubres”.
Esse último movimento faz parte de um padrão mais amplo de apreensões de propriedades que visam dissidentes políticos, veículos de imprensa e organizações críticas ao regime de Ortega. Apesar das disposições constitucionais que proíbem a confiscação de propriedades, o regime continuou essas ações.
Além das apreensões de propriedades, o governo de Ortega intensificou sua perseguição ao catolicismo. A classificação de Ortega ao clero Católico como “terroristas” e a repressão às atividades da Igreja têm gerado preocupação internacional.
A comunidade internacional expressou profunda preocupação com essas ações, com apelos a sanções diplomáticas e econômicas contra o regime de Ortega. A situação continua em evolução, e observadores continuam monitorando de perto os desenvolvimentos na Nicarágua.
Este relatório reflete a situação atual no país, marcada pela perseguição política e confiscação de propriedades de dissidentes, bem como pelo crescente conflito com a Igreja Católica.