O ditador venezuelano Nicolás Maduro solicitou ao Parlamento, nesta segunda-feira (12), a aceleração de leis que visam punir severamente a oposição sob a justificativa de combater o que ele chamou de “fascismo” e “ódio”. Maduro argumenta que tais ações são necessárias para defender o Estado contra supostas ações violentas e de ódio, acusações que ele direciona a quem protesta contra o regime que o reelegeu em eleições amplamente contestadas como fraudulentas.
Em discurso inflamado, Maduro declarou: “O fascismo é a criminalidade, é o ódio, o fascismo é inconstitucional. Peço à Assembleia Nacional que acelere a aprovação das leis antifascistas contra crimes de ódio e estabeleça penas severas para que a Venezuela se sane de fascismos e não volte a surgir nunca mais”. O ditador também exigiu que todos os poderes atuem com maior rapidez e eficiência na aplicação dessas medidas, pedindo “mão de ferro e justiça severa e certeira”.
Maduro reiterou que os autores intelectuais de atos que ele considera fascistas devem ser levados à prisão, rejeitando qualquer possibilidade de impunidade. Ele afirmou ainda que figuras públicas, como esportistas e artistas, foram pressionadas a se pronunciar contra o regime, sendo ameaçadas por opositores. A intensificação dessas medidas sinaliza um endurecimento do controle do governo sobre a população e a oposição, sob a alegação de proteger a nação de movimentos considerados “fascistas”.