O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, comprometeu-se com o Lula a convocar eleições no país caribenho no segundo semestre do ano, durante uma reunião em Kingstown, à margem da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), segundo informou a Presidência do Brasil.
Embora a data exata das eleições ainda não tenha sido definida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o acordo entre o governo e a oposição é realizá-las na segunda metade de 2024.
Os líderes também discutiram a dívida milionária que a Venezuela tem com o Brasil, bem como a intensificação do comércio entre os dois países.
Todavia, nem Maduro nem Lula levaram como ponto de discussão a violação sistemática de Direitos Humanos no país contra dissidentes ao regime socialista, nem a recente operação militar de agentes do chavismo que resultou no sequestro e na execução do tenente venezuelano Ronald Ojeda no mês de fevereiro. Outro ponto que também foi ignorado foi o recente escândalo de escravidão em uma mina de ouro ilegal na Amazônia venezuelana.
Os líderes de esquerda preferiram falar de comércio e combate ao garimpo ilegal.
Maduro afirmou que o encontro foi “muito bom” e focou em temas econômicos, destacando a necessidade de fortalecer a cooperação e promover o encontro entre empresários para avançar nos investimentos bilaterais.
“Fortalecer (a) cooperação, encontro (de) empresários, avançar no investimento”, disse Maduro, falando em portunhol.