Em seu programa “Con Maduro+”, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rotulou Javier Milei, o recém-eleito presidente da Argentina, como “neo-nazista” e uma “ameaça” para a América Latina. Apesar da ausência de um comunicado oficial do governo venezuelano sobre a recente eleição presidencial na Argentina, Maduro usou sua plataforma para lançar acusações contra o economista libertário, agora presidente eleito.
“Ontem, houve eleições presidenciais e, como previsto pelas pesquisas, a extrema direita neo-nazista venceu na Argentina”, afirmou Maduro durante seu programa. “É uma extrema direita que vem com um projeto colonial para a Argentina, mas que pretende liderar um projeto colonial para toda a América Latina e o Caribe.”
Maduro não apresentou qualquer evidência para sustentar suas alegações, e os comentários parecem derivar da vitória de Milei nas eleições argentinas. Milei, frequentemente comparado a um “Donald Trump argentino”, tem sido um crítico contundente do socialismo e do comunismo ao longo de sua carreira, advogando por políticas de livre mercado.
Embora Milei tenha expressado apoio a Israel e revelado planos de transferir a embaixada argentina em Israel para Jerusalém, Maduro continuou chamando-o de nazista. Maduro também acusou Milei de buscar reviver as ditaduras da década de 1970 na Argentina, Chile e Uruguai.
Em resposta aos comentários de Maduro, Milei enfatizou seu compromisso em respeitar a decisão do povo argentino e delineou planos para uma visita “espiritual” aos Estados Unidos e Israel antes de sua posse em 10 de dezembro. Ele também condenou regimes autoritários na região, afirmando sua intenção de retirar os embaixadores argentinos da Venezuela, Cuba e Nicarágua.