Lula da Silva (PT) gerou polêmica ao parabenizar as eleições no Irã e defender a legitimidade das eleições na Venezuela, ambas governadas por regimes autoritários. No último sábado, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou Lula, afirmando que o presidente brasileiro “aplaudirá o banho de sangue prometido pelo tirano Maduro”. Essa declaração faz referência à ameaça do ditador venezuelano Nicolás Maduro de um “banho de sangue fratricida” caso seu partido não vença as próximas eleições.
Em um movimento contraditório, Lula expressou sua preocupação com as ameaças de Maduro, afirmando que a Venezuela deve respeitar o processo democrático. “Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, disse Lula. Ele anunciou o envio de observadores brasileiros para acompanhar as eleições venezuelanas, com o objetivo de supostamente garantir a transparência do pleito.
No caso do Irã, Lula parabenizou o presidente eleito em eleições controversas, Masoud Pezeshkian, cujo discurso pós-eleitoral foi marcado por uma retórica divisiva e autoritária. Pezeshkian elogiou os eleitores por “darem um soco na boca” daqueles que boicotaram as eleições, o que gerou fortes críticas da população e de observadores internacionais. A participação eleitoral foi baixa, refletindo a desilusão do povo iraniano com o regime repressivo.