Segundo o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), Lula decidiu não desmembrar o ministério da Justiça e Segurança Pública. A declaração foi dada em conversa com jornalistas. O assunto da separação da pasta surgiu após a saída do ministro Flávio Dino, que deixa o ministério para ocupar vaga no Supremo Tribunal Federal. “Eu perguntei objetivamente, e ele já me disse que não pretende dividir”, afirmou Wagner ao dizer que Lula desistiu da ideia.
O sucessor do atual ministro ainda não foi definido e Jaques Wagner preferiu não adiantar nomes, pois Lula ainda estaria avaliando as opções para ser o novo ministro da Justiça e Segurança Pública. O PSB já está de olho na pasta, mas o nome de Ricardo Capelli (foto) tem recebido o apoio de algumas lideranças do governo.
Cappelli é jornalista e atual secretário executivo do Ministério da Justiça. Foi nomeado interventor do Distrito Federal na área de segurança pública após os ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes. Entretanto, tem sido criticado por militantes de esquerda nas redes sociais após defender a Polícia Militar da Bahia.
Disputam a vaga, o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho e o advogado Marco Aurélio de Carvalho.
A escolha do novo ministro da Justiça e Segurança Pública será avaliada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. Nos últimos oito anos de sua gestão, houve aumento vertiginoso de criminalidade no estado.