Lula e Trump conversam, mas tarifas persistem mesmo após diálogo

Redação 011
2 Min
Lula e Trump conversam, mas tarifas persistem mesmo após diálogo
foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula deixou a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo (26), em Kuala Lumpur, sem conseguir avanços palpáveis nas pautas que levou à mesa. Durante os cerca de 50 minutos de conversa, Lula pediu a suspensão das sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e a retirada de tarifas comerciais impostas ao Brasil. Trump, no entanto, manteve ambas as medidas, frustrando os objetivos do líder da esquerda. O petista evitou qualquer menção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e buscou esforços em propor uma aproximação entre Washington e o regime ditatorial de Nicolás Maduro.

Segundo o chanceler Mauro Vieira, Lula se ofereceu para atuar como mediador entre os Estados Unidos e a Venezuela, alegando que a América Latina é uma “região de paz”. A proposta foi recebida com cortesia por Trump, que agradeceu o gesto, mas não sinalizou qualquer mudança imediata na política externa americana. A ausência de resultados sobre comércio bilateral e a tentativa de reposicionar o Brasil como ponte diplomática com regimes autoritários geraram críticas entre parlamentares da oposição, que apontaram o desvio de foco em um momento de instabilidade econômica.

Nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou o encontro, destacando que Lula evitou tratar de temas ligados ao ex-presidente e preferiu discutir a situação venezuelana. Carlos Bolsonaro (RJ) também criticou o petista, acusando os aliados de Lula de incoerência ao celebrarem o diálogo com Trump após anos de ataques ao republicano. Já parlamentares alinhados ao governo exaltaram o gesto diplomático, mesmo sem ter apresentado resultados favoráveis ao Brasil. “Cumprimento os presidentes Lula e Donald Trump pelo importante encontro de hoje. Fico feliz em ver que o diálogo e a diplomacia voltam a ocupar o centro das relações entre Brasil e Estados Unidos”, afirmou Hugo Motta (Republicanos-PB). Davi Alcolumbre (União-AP) fez declaração semelhante.

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