Lula voltou a atacar Jair Bolsonaro (PL) ao afirmar que o ex-presidente “tentou destruir a democracia” e que deverá “pagar pela tentativa de golpe”. A declaração foi feita em entrevista na qual o petista disse que tomará uma decisão sobre o projeto de lei da dosimetria, que reduz penas dos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e pode beneficiar Bolsonaro. O discurso ocorre logo após Lula se reaproximar de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, em meio a pressões externas contra o regime vizinho, evidenciando mais uma vez uma posição ambígua: opõe-se a supostos ataques à democracia para justificar prisões e perseguições políticas internas, enquanto firma alianças com regimes ditatoriais acusados de graves violações de direitos humanos.
O petista acusou Bolsonaro de ter arquitetado um suposto plano para assassinar autoridades e explodir um caminhão no aeroporto de Brasília, além de tentar convencer militares a aderirem a um golpe. Lula disse que “fará aquilo que entender que deve ser feito” em uma eventual sanção do projeto, reforçando que a decisão será tomada “junto de Deus”. Ao mesmo tempo, exaltou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que foi cotado para o STF, mas acabou preterido em favor de Jorge Messias, episódio que provocou uma forte crise entre Executivo e o Legislativo, já que Pacheco seria o nome mais aceito pelo Congresso.
A entrevista também trouxe ataques à oposição, que segundo Lula estaria “sem nomes fortes” para 2026, citando figuras como Flávio Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União). O petista destacou programas sociais e indicadores econômicos como conquistas de seu governo, enquanto interlocutores do Planalto confirmaram que Lula manteve conversas recentes com Maduro para estreitar relações bilaterais, escancarando a aproximação com o ditador venezuelano, em contraste com o discurso de defesa da democracia usado pelo líder da esquerda contra Bolsonaro.











