O Governo Federal voltou a defender a taxação de pessoas com rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais como forma de compensar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Em entrevista a rádios da Bahia, o Lula da Silva (PT) afirmou ter “certeza” de que o Congresso aprovará a medida e justificou a proposta como uma forma de justiça social. O aumento da isenção já havia sido prometido por Lula durante sua campanha, mas a compensação com a tributação dos mais ricos ainda gera debate no Legislativo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já indicou que o projeto está pronto e aguarda aprovação do chefe do Executivo antes de seguir para análise no Congresso. O governo argumenta que a taxação de rendimentos elevados, incluindo bônus e dividendos, é uma prática comum em outros países. “Uma pessoa que ganha acima de R$ 50 mil tem a obrigação de pagar para que as pessoas que ganham menos não paguem”, disse Lula, citando exemplos como Suécia, Alemanha e Inglaterra, países onde os cidadãos obtém retorno dos impostos que eles pagam em serviços de qualidade, como segurança, saúde e saneamento básico.
O projeto enfrenta resistência entre setores produtivos e parlamentares alinhados ao livre mercado, que temem impactos negativos sobre investimentos e geração de empregos. Além disso, há incertezas sobre como a tributação será aplicada e quais categorias serão afetadas. Lula, no entanto, mantém a expectativa de que a proposta será aprovada, apostando no discurso de redução das desigualdades e no apoio da base governista no Congresso.
