A reunião de Lula com o presidente da França, Emmanuel Macron, começou e se encerrou com a internacionalização da Amazônia como assunto chave do encontro.
Por sua parte, Lula destacou a necessidade de ceder mais território aos indígenas para combater o agronegócio, cujos representantes chamou de “conservadores e latifundiários”. “O fato deles [indígenas] terem 14% legalizado é pouco diante do que eles precisam ter para viver, manter sua cultura e o seu jeito de viver”, enfatizou o presidente.
Com Macron ao seu lado (a quem chamou pelo sobrenome do ex-presidente francês “Sarkozy”), Lula convocou países a contribuírem financeiramente à Amazônia.
Macron anunciou um investimento significativo de ambos os países, totalizando 1 bilhão de dólares cada, em iniciativas destinadas à promoção da biodiversidade, desenvolvimento econômico das comunidades indígenas e atividades que favoreçam a preservação florestal.
O presidente francês também condecorou o cacique Raoni com o título de cavaleiro da Legião de Honra, a mais alta distinção francesa. Em postagem nas suas redes sociais, Macron escreveu: “Caro Raoni, por seu trabalho, sua luta incansável, por você, seu povo, por toda a Amazônia e seus povos indígenas: mejkumrej, obrigado”.