O fundador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, João Pedro Stedile, fez críticas ao atual Governo de Lula. O MST apoiou a campanha do petista nas eleições de 2022. Quatorze meses depois, o dirigente do movimento deu nota 3 para a política de democratização de terra.
“É uma vergonha. Nós já estamos há um ano e meio, não avançamos. Desapropriação não avançou. O crédito para os assentados não avançou, nem o Pronera. O Pronera é o negócio mais civilizatório que qualquer governo de direita pode fazer porque é viabilizar o acesso dos jovens camponeses à universidade. Então é uma vergonha”, disse Stedile em uma entrevista.
Segundo o fundador do MST, a União não tem consciência das diferenças entre a agricultura familiar e o agronegócio.
“Já perdi a paciência de ouvir ministro dizer que não há incompatibilidade entre a agricultura familiar e o agronegócio. O agronegócio usando agrotóxico é incompatível com o vizinho de dez hectares que não usa, porque ele vai contaminar, vai matar a biodiversidade”, concluiu.
Vale destacar aqui: o ex-presidente Jair Bolsonaro ultrapassou a marca de 400 mil títulos de terras emitidos pelo Incra para famílias assentadas.
Pouco se ouvir falar em movimentos com esse perfil na administração anterior.