O número de mortes decorrentes de intervenções policiais em São Paulo aumentou 68,78% no primeiro semestre de 2024, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Foram registrados 373 casos, em comparação com 221 no mesmo período do ano anterior. A Operação Verão, uma das mais letais da história recente do estado, deflagrada contra o crime organizado na Baixada Santista, contribuiu de maneira importante para esse aumento, especialmente após a intensificação em fevereiro, devido à morte de um soldado da Rota em Santos.
A Operação Verão e outras ações de segurança pública, como a Operação Escudo, têm sido centrais na política de segurança do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os resultados da intensificação das ações da polícia, desde que Guilherme Derrite (PL) assumiu a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado e ordenou combater firmemente o crime, levaram São Paulo a ser reconhecido como o estado mais seguro do Brasil em 2023, com a menor taxa de mortes violentas, de 7,8 por 100 mil habitantes, conforme o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A SSP atribui esse resultado à intolerância com a criminalidade e ao investimento contínuo em capacitação e equipamentos para as forças de segurança.
Enquanto São Paulo avança na segurança pública, estados como Amapá e Bahia, governados por Clécio Luís (Rede) e Jerônimo Rodrigues (PT), respectivamente, enfrentam altas taxas de violência. O Amapá registrou a maior taxa de mortes violentas do país, com 69,9 por 100 mil habitantes, e a Bahia teve 6.578 homicídios, com uma taxa de 46,5 por 100 mil habitantes. Segundo Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, “as regiões Norte e Nordeste, enfrentam um grave problema de disputa entre facções criminosas, o que agrava a situação de violência”.