Após uma partida de futebol entre Ajax e Maccabi Tel Aviv em Amsterdã, torcedores israelenses foram alvo de ataques violentos realizados por criminosos antissemitas na madrugada de sexta-feira (8). A polícia antidistúrbios dos Países Baixos interveio para conter a situação, registrando mais de 60 prisões em resposta ao que as autoridades locais classificaram como “explosão de violência contra torcedores israelenses”. De acordo com a polícia, vários israelenses foram agredidos fisicamente por manifestantes, que entoavam gritos de “Palestina livre” e registravam os ataques em redes sociais.
A violência nas ruas de Amsterdã foi duramente condenada pelas autoridades israelenses e holandesas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exigiu medidas enérgicas contra os agressores e providências para garantir a segurança dos israelenses no país. Em comunicado, a embaixada de Israel nos Países Baixos descreveu os ataques como “violência antissemita nas ruas da Europa” e lamentou que esses atos ocorressem “nas vésperas da Noite dos Cristais”. Em resposta, o governo israelense enviou aeronaves para repatriar seus cidadãos, enquanto a polícia holandesa iniciou investigações detalhadas, inclusive sobre relatos não confirmados de possíveis sequestros.
O ‘triângulo de Amsterdã’, que reúne a prefeitura, a polícia e o Ministério Público da cidade, emitiu nota qualificando os atos como “intoleráveis e incompreensíveis”. A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, comparou os ataques a “pogroms”, ressaltando que os manifestantes usaram estratégias de “ataca e foge” para perseguir torcedores israelenses. Para reforçar a segurança, foram declaradas áreas de risco em Amsterdã e Amstelven, além de proibições de manifestações para o final de semana. A polícia relatou que a maioria dos israelenses conseguiu retornar aos hotéis sob escolta policial.