Os governos de Israel, Estados Unidos e Turquia realizaram ataques contra posições militares na Síria após a queda de Bashar al-Assad. As forças israelenses focaram em bases aéreas e depósitos de armas estratégicas, enquanto os outros países visaram alvos de interesse militar na região. A ofensiva ocorreu em meio à transição incerta no país, onde grupos rebeldes tomaram o controle de Damasco após 50 anos de domínio do regime Assad, que deixou o país rumo a Moscou.
Em um pronunciamento, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, justificou os ataques como uma medida de segurança nacional. “Não podemos permitir que armas químicas ou mísseis de longo alcance caiam nas mãos de extremistas”, disse. Além disso, Saar anunciou a ocupação temporária de áreas estratégicas próximas à fronteira com o objetivo de evitar ataques semelhantes aos de 7 de outubro, atribuindo a atual instabilidade síria à dependência de Assad de forças estrangeiras durante seu governo.
A escalada de ataques ocorre em um contexto de incerteza política na Síria, que há mais de uma década enfrenta fragmentação e conflito. Observadores apontam para o risco de que a ausência de um plano de transição facilite disputas entre facções armadas e a atuação de grupos terroristas. As áreas bombardeadas incluem as províncias de Latakia, Tartus e regiões próximas a Damasco, além de bases aéreas importantes como Qamishli e Shinshar.