Israel consolidou o controle sobre mais da metade da Faixa de Gaza após intensificar sua ofensiva contra o grupo terrorista Hamas. A operação militar visa desarticular a infraestrutura usada pelos extremistas e garantir a segurança da população israelense, especialmente nas áreas próximas à fronteira. Nessas zonas estratégicas, foi criada uma faixa de segurança, onde construções e plantações que poderiam servir de abrigo ou esconderijo para combatentes do Hamas foram removidas. Autoridades israelenses explicam que o objetivo é pressionar o grupo terrorista a libertar os reféns sequestrados durante o ataque brutal de 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 civis.
Relatos de soldados à Associated Press indicam que estruturas civis foram demolidas por representarem riscos operacionais, como depósitos de armas ou túneis. Um militar, sob anonimato, disse: “Eles não terão para onde voltar. Nunca voltarão”. A ONG “Breaking the Silence”, conhecida por seu viés crítico às Forças de Defesa de Israel, divulgou testemunhos similares, sugerindo que a ação visa dificultar o retorno de simpatizantes do Hamas. Israel refuta acusações de limpeza étnica e afirma que suas ações são orientadas por inteligência militar, com o compromisso de poupar civis sempre que possível.
Neste domingo (6), em retaliação ao avanço israelense, o Hamas voltou a disparar foguetes contra o sul de Israel, atingindo diretamente a cidade de Ashkelon. Segundo o Exército, a maioria dos projéteis foi interceptada pelo sistema de defesa, e apenas uma pessoa ficou ferida por estilhaços. A ação demonstra mais uma vez o desprezo do grupo terrorista pelas tentativas de cessar-fogo, ao manter ataques deliberados contra civis israelenses mesmo diante de esforços internacionais por uma solução negociada.