O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira (26), que seu gabinete aprovou uma proposta de cessar-fogo com o grupo terrorista Hezbollah no Líbano. Durante um discurso transmitido pela TV, Netanyahu afirmou que o acordo é estratégico para permitir que o exército israelense concentre esforços na ameaça iraniana, reabasteça os estoques de armas e intensifique a pressão contra o Hamas. “Se o Hezbollah violar o acordo e tentar se rearmar, nós atacaremos”, declarou, enfatizando que Israel responderá com força a qualquer violação.
O anúncio coincide com as declarações do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que considerou insuficiente a ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional contra Netanyahu e outros líderes israelenses. Em um discurso, Khamenei declarou que o primeiro-ministro merece uma “sentença de morte” pelos crimes de guerra atribuídos a ele, uma posição que reforça a tensão na região. Paralelamente, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, comentou que o cessar-fogo no Líbano poderia enfraquecer as frentes de combate do Hamas e facilitar uma solução para o conflito em Gaza.
Netanyahu também criticou atrasos em remessas de armamento para Israel, atribuindo-os de forma indireta à administração Biden, e sugeriu que a situação pode mudar com o retorno de Donald Trump ao poder. A proposta de cessar-fogo, além de aliviar a pressão militar no Líbano, é vista como um movimento estratégico para reforçar o controle de Israel sobre o conflito com o Hamas, enquanto mantém a região sob alta tensão devido às ameaças do Irã e à instabilidade política no Oriente Médio.