O regime iraniano expressou seu firme apoio ao processo eleitoral em curso na Venezuela, em meio a críticas internacionais devido às contínuas perseguições contra cidadãos e opositores. Nasser Kanaani, porta-voz das Relações Exteriores persa, aproveitou para rejeitar a suposta interferência externa nas eleições.
“A República Islâmica do Irã considera que, para respeitar o direito à soberania nacional e o direito das nações de participar do processo político, todos os países devem fornecer o acompanhamento e apoio necessários ao processo legítimo e legal de eleições na Venezuela”.
A declaração do Irã ocorre em um momento em que a Venezuela enfrenta uma intensa pressão internacional devido inúmeras violações dos direitos democráticos e à falta de transparência no processo eleitoral. Mesmo países que anteriormente mantinham laços estreitos com o regime chavista, como Brasil e Colômbia, expressaram preocupação com a situação atual na Venezuela.
Por sua vez, o regime chinês também apoiou o processo eleitoral venezuelano, destacando a importância de respeitar a “independência” e “soberania” do país caribenho. Ambos os regimes atribuíram os problemas na Venezuela à interferência dos Estados Unidos.
Naturalmente, China e Irã apoiam a maneira em que o regime venezuelano age, pois Beijing e Teerã se dedicam a censurar, perseguir, violar direitos humanos e não são adeptos a eleições democráticas.
Essas demonstrações de apoio por parte do Irã e da China contrastam com as críticas e preocupações expressas por outros atores internacionais, incluindo a União Europeia e vários países da comunidade internacional.