O envelhecimento da população brasileira é um problema crescente que traz serias implicações para o sistema de previdência social do país. O Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela uma tendência alarmante. A idade mediana da população brasileira atingiu 35 anos, sinalizando um envelhecimento acelerado.
Um dado que merece atenção é o aumento no percentual de pessoas com 65 anos ou mais, que atingiu o maior índice desde 1872, representando 10,9% da população em 2022. Isso representa um aumento de 57,4% em relação a 2010, quando esse grupo representava 7,4% da população.
Essa mudança no perfil demográfico suscita preocupações sobre o futuro do sistema de previdência social brasileiro, que é baseado no modelo de repartição, no qual os trabalhadores em atividade financiam as aposentadorias dos aposentados.
Com um número crescente de idosos e uma diminuição no número de trabalhadores em atividade, o sistema enfrenta fortes pressões. Isso implica que o país terá que tomar medidas para aumentar a proporção de crianças em relação aos idosos ou destinar mais recursos públicos para sustentar as despesas previdenciárias. A segunda opção poderia implicar em um aumento de impostos, o que suscita preocupações em relação ao impacto no cidadão comum.