Pela primeira vez desde o início do cessar-fogo mediado por EUA e França na última semana, o grupo terrorista Hezbollah lançou dois projéteis contra posições israelenses no Monte Dov, território disputado entre Israel, Líbano e Síria. O Exército de Israel classificou o ataque como uma “violação séria” e prometeu uma resposta contundente. O incidente marca a retomada de hostilidades após dias de acusações mútuas sobre violações do acordo.
O grupo libanês justificou os ataques como uma resposta às ações de Israel, que teria realizado bombardeios no sul do Líbano e sobrevoado Beirute com aeronaves militares, matando pelo menos duas pessoas. Autoridades israelenses, por sua vez, afirmaram que suas ações visaram locais estratégicos do Hezbollah, como instalações de fabricação de mísseis no Vale do Bekaa. Gideon Sa’ar, ministro das Relações Exteriores de Israel, argumentou que a presença armada do Hezbollah ao sul do rio Litani é uma violação grave do acordo.
Desde o início da trégua, houve mais de 50 incidentes registrados, de acordo com autoridades francesas, enquanto os Estados Unidos seguem tentando evitar uma escalada. O contexto também é agravado pela continuidade de confrontos em Gaza e pelo histórico de tensões envolvendo o Irã, principal financiador do Hezbollah.