O grupo terrorista Hamas anunciou neste domingo (3) que poderá fornecer alimentos aos reféns israelenses sob seu poder, desde que Israel autorize a abertura de corredores humanitários para a entrada de suprimentos na Faixa de Gaza, que segundo denúncias internacionais estão sendo utilizados pela organização criminosa para fins próprios, sem que a população civil seja beneficiada. A declaração veio após o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, solicitar ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) auxílio no envio de comida e atendimento médico aos sequestrados. A situação ganhou notoriedade após a divulgação de vídeos mostrando reféns visivelmente desnutridos, incluindo o soldado Evyatar David, filmado cavando o que seria seu próprio túmulo.
O Hamas afirmou que os prisioneiros recebem a mesma alimentação dos moradores de Gaza, apontando a escassez como resultado do cerco imposto por Israel. “Eles sofrem de fome, fraqueza e perda de peso, exatamente como sofrem seus raptores”, alegou o grupo. O comunicado também acusa Netanyahu de preferir que os reféns morram de inanição, já que não conseguiu localizá-los ou matá-los em bombardeios. Ainda segundo o Hamas, qualquer assistência só será prestada se houver liberação para entrada de ajuda humanitária no território palestino.
Por sua vez, Netanyahu reforçou que não há política de fome em Gaza e responsabilizou o Hamas pelo bloqueio de suprimentos. “Permitimos que a ajuda humanitária entre em Gaza durante toda a guerra”, declarou em uma conferência em Jerusalém. O premiê também pediu o envolvimento da comunidade internacional para condenar o Hamas e a Jihad Islâmica, afirmando que os grupos violam o direito internacional e as Convenções de Genebra ao manter reféns em condições degradantes.
