O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), demonstra preocupação com a possível vitória do candidato de direita, Javier Milei, nas eleições presidenciais argentinas. Milei detém 25,2% das intenções de voto, enquanto Sergio Massa, candidato socialista, lidera com 30,6%. Haddad tem receio que uma vitória de Milei possa impactar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Milei critica o governo de Lula (PT), alegando restrições à liberdade de imprensa e perseguição à oposição, e caracteriza Lula como tendo uma “vocação totalitária” e não o considera um presidente democrático. Por outro lado, elogia Jair Bolsonaro (PL) por sua luta contra o socialismo, mesmo que não tenha sido reeleito.
O candidato argentino sugere possíveis mudanças nas relações com a China e o Brasil. Ele se opõe a “lidar com comunistas” e critica as ações de Lula. Quanto ao Mercosul, Milei defende a liberdade de negociação comercial, afirmando que o livre comércio não deve envolver o Estado.
Tendo obtido 30% dos votos nas eleições primárias, Milei, de 52 anos, emerge como o favorito nas eleições presidenciais de 22 de outubro e é frequentemente comparado a líderes da direita conservadora, como Donald Trump e Jair Bolsonaro, com apoio expresso do brasileiro.
Ele também propõe a permissão para a venda de armas e se opõe à legalização do aborto e à educação sobre questões de gênero nas escolas públicas, políticas em contraposição às do governo Lula.