Durante a reunião presidencial conduzida por Lula (PT) nesta quarta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), destacou os indicadores econômicos do país no ano em curso. Apesar de apresentar um crescimento do PIB de 3% e uma redução no desemprego, Haddad expressou preocupação com a demora do Banco Central em reduzir a taxa de juros, que só teve início em agosto deste ano.
O petista ressaltou que os números poderiam ter sido ainda mais positivos caso a diminuição dos juros tivesse ocorrido anteriormente, criticando a postura do Banco Central sob a presidência de Roberto Campos Neto. Desde agosto, foram realizadas quatro reduções consecutivas na taxa Selic, atualmente fixada em 11,75% ao ano. A autonomia concedida ao Banco Central em 2021, com mandatos fixos para seus dirigentes, também foi mencionada como um fator que limita a influência presidencial sobre a instituição.
Haddad, ao avaliar o trabalho conduzido pelo time econômico ao longo do ano, se orgulhou dos resultados obtidos pelo governo. Contudo, assegurou que há desafios pendentes, como a aprovação da proposta que regulamenta apostas esportivas, essenciais para o pacote de recomposição de receitas em 2024. Enfatizando a importância de “colocar ordem” para supostamente gerar um ciclo virtuoso no país, o ministro deixou claro que, mesmo com os avanços, existem questões cruciais que necessitam de resolução.