O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), evitou abordar questões sobre a crise na Petrobras durante uma reunião convocada por Lula (PT). Em entrevista a jornalistas, Haddad afirmou que suas conversas com o mandatário se limitam a cenários econômicos da empresa e do Executivo. “Eu não discuto isso com o presidente. O que eu discuto com o presidente são cenários econômicos da empresa e do Executivo”, disse o responsável pela economia nacional.
Rumores de demissão ganharam força sobre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), cuja situação se agravou após o cancelamento de um evento em São Paulo por Haddad, que retornou a Brasília para a reunião com o líder petista. Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia, contribuiu para os rumores ao admitir um conflito de papéis entre ele e o presidente da estatal, embora tenha se abstido de avaliar o desempenho de Prates.
Em meio às incertezas, Haddad comentou que o pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras está em discussão, destacando que a empresa possui uma situação financeira robusta e um plano de investimento consistente, o que poderia proporcionar um espaço fiscal adicional de cerca de R$ 50 bilhões no Orçamento, conforme cálculos dos auxiliares do Planalto. A decisão final sobre os dividendos, no entanto, aguarda aprovação do Conselho de Administração da Petrobras após o alinhamento dos ministros em favor da medida.