A Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) do governo de São Paulo, está liderando um ambicioso plano de concessão de linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na região metropolitana da capital paulista. De acordo com o plano, a iniciativa privada assumirá o controle total da rede de transporte sobre trilhos na região até 2026.
O governo do estado de São Paulo anunciou o cronograma atualizado de concessões para todas as linhas do sistema metroferroviário, incluindo trechos futuros de metrô, trens metropolitanos e trens intercidades. As informações foram divulgadas durante a 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária promovida pela AEAMESP, com a apresentação do secretário executivo da SPI, André Isper Rodrigues Barnabé.
A primeira concessão na lista de parcerias público-privadas é a do Trem Intercidades e operação da Linha 7-Rubi da CPTM, com o objetivo de recapacitar o trecho de trens metropolitanos e implantar um novo serviço de viagens expressas ligando São Paulo, Jundiaí e Campinas. O projeto teve um ajuste recente nos investimentos, passando de R$ 12 bilhões para R$ 14 bilhões, abrangendo uma extensão total de 101 km.
As linhas 11, 12 e 13 da CPTM também estão previstas para concessão, com um investimento de R$ 5,5 bilhões e a expectativa de atender cerca de 1,1 milhão de passageiros por dia. O processo envolverá a expansão da Linha 13-Jade até Bonsucesso, em Guarulhos.
A concessão da Linha 10-Turquesa representa uma mudança significativa, pois marcará o fim da CPTM como operadora de trens metropolitanos. O projeto inclui a construção da nova Linha 14-Ônix, que ligará Guarulhos ao ABC, com um investimento estimado de R$ 3,5 bilhões e a previsão de atender 940 mil passageiros por dia.
TREM INTERCIDADES E METRÔ PRIVATIZADO
A concessão do Trem Intercidades para Sorocaba é um projeto novo e prioritário, atendendo São Paulo, São Roque e Sorocaba com quatro estações. O investimento previsto é de R$ 10 bilhões, com atendimento a 50 mil passageiros diariamente e viagens de até 60 minutos entre as cidades.
Além disso, o Metrô de São Paulo será concedido à iniciativa privada, abrangendo linhas atuais e futuras, como as linhas 1-Azul, 3-Vermelha, 2-Verde, 15-Prata, 19-Celeste e 20-Rosa, com a possibilidade de avaliação de outros trechos no futuro. O cronograma prevê estudos em 2023, a primeira audiência pública em 2024 e a publicação do edital no primeiro semestre de 2025, com leilão previsto para a segunda metade de 2025 e assinatura do contrato na primeira metade de 2026.
Nesse processo, serão concedidos 140 km de trilhos, com a construção de aproximadamente 54 estações e um investimento de R$ 25 bilhões, impactando cerca de 3,9 milhões de passageiros. A iniciativa visa uma maior participação do setor privado na expansão e operação do sistema metroferroviário de São Paulo.