O Ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, entregou formalmente um pedido na quinta-feira à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para que a Argentina se junte como parceira global.
Se aprovada com sucesso por todos os 32 estados membros, a Argentina se tornaria a segunda parceira global da OTAN na América do Sul, depois da Colômbia.
O status de parceira global permitiria à Argentina acesso aos programas de cooperação da OTAN, mas não lhe conferiria status de membro pleno, já que o Artigo 10 da carta da OTAN restringe a elegibilidade do status de membro pleno apenas a nações europeias. As parceiras globais não precisam cumprir as disposições do Artigo 5, que estabelece que um ataque a um país da OTAN deve ser tratado como um ataque contra todos, já que tais disposições se aplicam apenas aos membros plenos da aliança.
“A Argentina desempenha um papel importante na América Latina, e saúdo o pedido de hoje para explorar a possibilidade de se tornar parceira da OTAN”, disse o Secretário-Geral Adjunto da OTAN, Mircea Geoană. “A OTAN trabalha com uma variedade de países ao redor do mundo para promover a paz e a estabilidade. Uma cooperação política e prática mais estreita poderia nos beneficiar a ambos”.
O ministro da defesa argentino continuou explicando que o status de parceira global da OTAN proporcionaria à Argentina benefícios como treinamento ideal para suas forças armadas, acesso a equipamentos e informações, apoio em defesa cibernética e “cooperação para um diálogo estratégico de alto nível sobre eventos mundiais e as prioridades de uma Argentina integrada às democracias liberais do mundo”.
Ao assumir o cargo, o presidente libertário Javier Milei prometeu reorientar a política externa da Argentina, tornando os Estados Unidos e Israel seus principais aliados.