O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta terça-feira (21) que não há intervenção do governo Lula na gestão da Petrobras, após a demissão de Jean Paul Prates e a indicação de Magda Chambriard para o comando da estatal. “A palavra intervenção, me desculpe, é completamente inadequada”, disse Silveira em entrevista no Rio de Janeiro. Ele ressaltou que, como uma empresa de capital aberto, a Petrobras tem sua diretoria e maior parte dos conselheiros indicados pelo governo, o que é natural.
Silveira evitou comentar sobre a saída de Prates, mas elogiou Magda Chambriard, destacando seu alinhamento com o plano de investimentos da Petrobras. “A companheira Magda chega com muita energia para poder fazer o Brasil crescer e orgulhar todos nós”, afirmou o ministro, destacando que sua missão será cumprir o plano de investimentos sem surpresas para os investidores e acelerar os projetos previstos, como a exploração na Margem Equatorial.
O ministro também rebateu as críticas de que a nova gestão da Petrobras será subserviente ao Planalto, chamando tais alegações de “barulho em bolsa que não assusta” e um “desrespeito” à trajetória de Magda. Silveira defendeu a autorização para pesquisas na Margem Equatorial, enfatizando a importância de conhecer as potencialidades energéticas do Brasil. Ele destacou que a Petrobras deve ser uma mola propulsora do desenvolvimento nacional, citando a necessidade de aumentar a oferta de gás natural e investir em projetos estratégicos como fertilizantes.