O governo Lula (PT) anunciou cortes no programa Bolsa Família, atingindo diretamente sua base de apoio eleitoral. Em janeiro de 2025, 325 mil beneficiários foram excluídos, resultando em uma economia de R$ 274 milhões. Desde o início do mandato, a gestão petista já retirou 1,1 milhão de famílias do programa, afetando principalmente o Sudeste e o Nordeste, regiões que representam boa parte da votação do PT.
O Ministério do Desenvolvimento Social justificou as reduções como parte de uma revisão cadastral para eliminar fraudes e inconsistências. Segundo o governo, 4,1 milhões de beneficiários ainda recebem o auxílio individualmente, sem comprovação de que vivem em um núcleo familiar ou sustentam dependentes. “Estudos estão sendo conduzidos para aprimorar o processo a partir de 2025”, afirmou o órgão, indicando que novas regras para verificação de renda e atualização cadastral entrarão em vigor nos próximos meses.
Além da diminuição no número de beneficiários, os gastos com o programa social também foram ajustados. Em janeiro, o governo desembolsou R$ 13,8 bilhões para o Bolsa Família, enquanto em dezembro de 2022, último mês da gestão de Jair Bolsonaro (PL), os pagamentos corrigidos pela inflação somavam R$ 14,39 bilhões. O valor médio do benefício teve um aumento de apenas 10,9% sob Lula, contra os 225,1% registrados durante os quatro anos do ex-presidente Bolsonaro.
