Após semanas de omissão diante dos apelos do governo do Rio de Janeiro, o Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (29) que passará a colaborar com ações de enfrentamento ao crime organizado no estado. A decisão ocorre após a megaoperação policial no Complexo do Alemão, considerada a mais letal da história fluminense, e que expôs a escalada da violência promovida por facções criminosas. A mudança de postura ocorre após o governador Cláudio Castro (PL) denunciar publicamente a falta de apoio federal, inclusive com negativas sucessivas de pedidos de blindados ao Exército.
A nova medida prevê a criação de um Escritório Emergencial para coordenar ações entre as forças de segurança estaduais e federais. Segundo Castro, a estrutura será liderada por representantes dos dois governos e terá como objetivo agilizar decisões e eliminar entraves burocráticos. O plano inclui a atuação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além do uso de inteligência integrada para enfraquecer financeiramente as organizações criminosas. O governador destacou que a iniciativa surge após apresentar as dificuldades enfrentadas pelo estado e cobrar respostas do governo Lula.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski afirmou que a ida da cúpula do ministério ao Rio foi determinada por Lula e que o apoio incluirá vagas em presídios federais, peritos criminais, agentes da Força Nacional e reforço no efetivo da PRF. A gestão federal no entanto, descartou o uso das Forças Armadas apesar dos reiterados pedidos de apoio do governo estadual. Lewandowski também afirmou que o Escritório Emergencial será temporário e poderá servir de modelo para a proposta de emenda constitucional sobre segurança pública em discussão no Congresso.





 
		 
		
 
		 
		 
		


