Israel foi acusado de provocar uma série de explosões no Líbano nesta terça-feira (17), após centenas de pagers usados pelo grupo terrorista Hezbollah serem detonados, resultando na morte de nove pessoas e ferindo outras 2.750. Segundo a rede de TV Al Jazeera, o ataque teria sido conduzido pelo serviço de inteligência israelense por meio de um ataque cibernético, uma tática inédita na guerra entre Israel e os grupos guerrilheiros que atuam na região. Até o momento, Israel não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.
Os pagers, dispositivos considerados obsoletos, são usados pelo Hezbollah como sua principal ferramenta de comunicação por serem mais difíceis de rastrear que celulares. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, já havia orientado seus membros a abandonarem o uso de telefones celulares em prol dos pagers. Após as explosões, o governo libanês pediu que os cidadãos descartassem esses dispositivos, aumentando o receio de novos ataques.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, classificou o ataque como uma “agressão criminosa israelense” contra os terroristas, e o governo do país entrou em contato com a ONU para buscar responsabilização internacional. Autoridades locais, incluindo o Hezbollah, culpam Israel pelo ataque, mas os militares israelenses evitaram comentários sobre o ocorrido.