O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), comunicou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na segunda-feira (1º) a possibilidade de cancelamento do contrato da distribuidora Enel SP devido ao “baixo desempenho na prestação do serviço de distribuição de energia elétrica”. O motivo citado foi o apagão ocorrido em novembro de 2023 e as recentes quedas de energia em São Paulo.
Em contrapartida, a Enel afirmou estar em conformidade com todas as suas obrigações contratuais e regulatórias. A empresa detalhou um plano de investimentos e modernização dos serviços, com um investimento de R$ 18 bilhões até o final de 2026 destinados à distribuição de energia. No entanto, o ministro destacou que a Enel acumulou cerca de R$ 300 milhões em multas não pagas.
Enquanto isso, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), concordou com a decisão do Ministério de Minas e Energia, alertando que as falhas críticas apresentadas pela Enel podem levar ao colapso do sistema elétrico da cidade em três anos. As recorrentes falhas na distribuição de energia têm gerado uma crescente crise entre o governo e a empresa, com moradores enfrentando interrupções prolongadas no fornecimento de eletricidade, especialmente evidenciadas em situações como as quedas de energia após fortes chuvas em março deste ano.