Durante uma conferência eleitoral do PT, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, delineou uma estratégia para evitar o retorno do que os comunistas chamam de “extrema direita” ao poder, destacando a importância do terceiro mandato de Lula (PT).
Hoffmann, em discurso enfático, ressaltou que qualquer erro nesse terceiro mandato abriria espaço para a volta da “extrema direita”, referindo-se ao bolsonarismo. Defendendo uma “política de enfrentamento” e a necessidade de pelo menos “uns 20 anos” para mudar a realidade do país, ela enfatizou a urgência em consolidar uma visão política alinhada ao partido.
Contudo, as divergências surgiram quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), contradisse a estratégia da presidente do partido ao defender a meta de zerar o déficit até 2024. Enquanto Hoffmann preconiza um “Estado que gasta”, Haddad argumentou que o crescimento econômico não está automaticamente atrelado ao déficit, indicando uma possível cisão na visão econômica interna do partido.