O senador e pré-candidato presidencial Flávio Bolsonaro (PL-RJ) encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma representação pedindo investigação sobre o empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho de Lula (PT). O pedido busca esclarecer se houve favorecimento indevido ou uso da estrutura do INSS em benefício privado, diante de indícios de proximidade entre Lulinha e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, alvo de apurações por suspeita de fraudes contra aposentados e pensionistas.
O documento apresentado pelo parlamentar solicita que o TCU examine possíveis falhas de supervisão e omissões de gestores públicos, além de avaliar se houve interferência política nas decisões da autarquia previdenciária. Flávio Bolsonaro cita investigações policiais e reportagens que apontam comunicações frequentes entre Lulinha e o empresário investigado, além de relatos de repasses financeiros sem origem esclarecida. Para o senador, a relação direta de Lulinha com Lula exige maior rigor dos órgãos de controle, mesmo sem o empresário ocupar cargo público.
Entre os pontos levantados, estão a análise de contratos, convênios e sistemas de proteção de dados do INSS, além da instauração de auditorias no Ministério da Previdência Social. O pedido ocorre em paralelo à CPMI do INSS, que rejeitou a convocação de Lulinha neste mês, por 19 votos contra 12. Questionado sobre o caso, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que não poderia comentar detalhes por se tratar de investigação em sigilo. O TCU ainda não se manifestou sobre a abertura de processo a partir da representação.
