Os Estados Unidos oficializaram sua retirada da Organização Mundial da Saúde (OMS), em decisão assinada pelo presidente Donald Trump. O decreto foi justificado com críticas à atuação da entidade na pandemia de Covid-19, acusando-a de “má gestão” e falta de independência política. Trump destacou que os EUA, principal financiador da organização, não receberam o retorno proporcional aos US$ 6,8 bilhões repassados em 2023. “A OMS nos enganou”, afirmou o republicano, reiterando a desproporcionalidade da carga financeira em comparação a outros países, como a China.
Além de suspender o financiamento, o decreto impede os EUA de participar de negociações futuras sobre acordos de pandemia e regras globais de gestão sanitária. Também determina o retorno de funcionários norte-americanos da entidade e a busca por “parceiros credíveis e transparentes” para assumir funções desempenhadas pela OMS. A Casa Branca enfatizou que a decisão reflete a urgência de salvaguardar a saúde pública e fortalecer a biossegurança dos EUA.
A medida reitera uma postura crítica de Trump, que já havia tentado romper os laços com a OMS em 2020, mas foi impedido após a posse de Joe Biden. Dados atualizados até janeiro de 2025 mostram que os EUA lideram em mortes por Covid-19, com 1,2 milhão de óbitos. O governo norte-americano alega que a falta de reformas estruturais e a politização interna da OMS comprometeram a resposta global à crise sanitária.