Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (9) o aumento imediato das tarifas sobre importações chinesas para 125%. A medida ocorre após uma escalada de retaliações entre os dois países, com Pequim aplicando 84% de taxação sobre produtos americanos. “Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa […] para 125%”, escreveu o republicano em rede social.
Ao mesmo tempo em que endurece com o regime comunista chinês, Trump reduziu as tarifas para 10% em relação a outros países, pelo prazo de 90 dias, também com aplicação imediata. O líder norte-americano afirmou que a decisão considera o esforço de mais de 75 países que solicitaram diálogo com os EUA para resolver barreiras comerciais. “Esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos”, acrescentou, destacando a diferença de postura frente à China.
A nova ofensiva se insere em uma disputa comercial que vem se intensificando desde o início de abril. Anteontem, Trump havia elevado as tarifas para 104% após retaliações chinesas. Diante da continuidade das medidas de Pequim, o republicano decidiu ampliar ainda mais a taxação. Após o anúncio da trégua parcial com os demais parceiros, os mercados reagiram positivamente. O índice Nasdaq subiu 10,33%, e o Ibovespa avançou 3,39%, em meio à queda do dólar, que recuou 2,28% frente ao real.