A ilha de Cuba está enfrentando uma crise humanitária cada vez mais grave, marcada por cortes de energia contínuos, escassez de alimentos e falta de suprimentos básicos, levando milhares de cubanos a sair às ruas em várias cidades do país em protesto contra a ditadura socialista. Essas manifestações, embora pacíficas, enfrentam uma forte repressão por parte das forças sob controle do Partido Comunista da Cuba.
O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, respondeu aos protestos qualificando-os como uma tática dos “inimigos da Revolução” para desestabilizar o país. No entanto, a realidade é que a situação em Cuba se tornou insustentável para seus cidadãos há décadas.
Javier Larrondo, presidente da ONG Prisoners Defenders, relatou múltiplas detenções e atos de repressão por parte do governo em várias cidades cubanas, refletindo um estado de exceção em todo o país. A população, sobrecarregada pela falta de alimentos e serviços básicos, demanda uma mudança que o regime parece incapaz de oferecer.
Rosa María Payá, ativista de direitos humanos e líder da ONG Cuba Decide, fez um apelo à comunidade internacional para apoiar o povo cubano em sua luta pela liberdade e mudança. Payá denunciou a incompetência e a violência do regime, instando os militares cubanos a não reprimir o povo e a comunidade internacional a impor sanções contra os responsáveis por violações dos direitos humanos.
A ativista cubana naturalizada brasileira Zoe Martínez criticou às reações da esquerda brasileira, chamando-a de “hipócrita” que “não estão preocupados com o povo e sim em construir narrativas segundo a conveniência deles”.