Três dias após a maior enchente do século na Espanha, que deixou ao menos 217 mortos, a população pede ajuda das autoridades. Parte dos moradores de Valência, a terceira maior cidade do país, sofre com a falta de comida e energia elétrica. Autoridades locais e nacionais enfrentam uma onda de críticas por não enviarem alertas à tempo.
Apesar do alto número de mortos, dezenas de pessoas seguem desaparecidas. O ministro dos Transportes espanhol afirmou que muita gente ficou presa dentro dos carros. A Polícia Nacional prendeu cinco pessoas acusadas de saquear uma loja de joias em um shopping em Aldaia, município no entorno de Valência.
O governo espanhol já determinou o envio do Exército para a área mais atingida. Os militares ajudarão na limpeza de ruas e no envio de alimentos a moradores do sul de Valência – a parte mais afetada pela enchente. Desde quinta-feira (31), centenas de pessoas começaram a chegar com rodos e alimentos em mutirões organizados pelas redes sociais para colaborar.
O Papa Francisco expressou solidariedade pelas vítimas e pessoas afetadas pelas enchentes, em vídeo publicado pelo Vaticano.
O temporal alagou parte das ruas, empilhou carros e deixou um cenário devastador na cidade.