Em meio a uma grave turbulência econômica causada pelas incertezas sobre o corte de gastos do Governo Federal, Lula da Silva (PT) autorizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a tirar férias de verão entre os dias 2 e 21 de janeiro de 2025. A decisão ocorre enquanto o dólar atinge níveis históricos, ultrapassando R$ 6,20, e o mercado financeiro expressa crescente desconfiança em relação ao pacote fiscal apresentado pelo governo. Durante a ausência de Haddad, a pasta será comandada interinamente pelo secretário-executivo Dario Durigan.
As férias coincidem com o recesso parlamentar, o que, segundo o governo, minimizaria o impacto na agenda econômica. No entanto, a ausência de Haddad em um momento de forte volatilidade cambial e pressão inflacionária reforça a percepção de falta de urgência na condução de medidas para enfrentar as incertezas sobre a capacidade de o governo cumprir a meta de zerar o déficit público até 2025. Enquanto isso, investidores continuam cobrando cortes em gastos estruturais que o pacote fiscal não aborda.
O pacote, projetado para economizar R$ 70 bilhões em dois anos, foi criticado por depender de mudanças legislativas ainda em debate. A recente alta do dólar forçou o Banco Central a realizar intervenções de grande porte, vendendo bilhões de dólares para conter a desvalorização do real frente à moeda americana. Apesar do cenário delicado, que pode desvalorizar ainda mais o real e pressionar a inflação, Haddad também já planejou outro período de férias, entre 11 e 20 de julho de 2025, novamente autorizado por Lula.