Durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Lula da Silva (PT) e o presidente argentino Javier Milei protagonizaram um encontro marcado por frieza. A interação entre os dois se limitou a um aperto de mão formal, contrastando com a recepção calorosa de Lula a outros líderes presentes no evento. O jornal argentino Clarín destacou o cumprimento como “frio e formal”, refletindo as tensões diplomáticas entre ambos após meses de troca de críticas.
As divergências entre os líderes se intensificaram durante a campanha eleitoral de Milei, em 2022, quando o argentino acusou Lula de corrupção e o classificou como “comunista”. Em resposta, Lula declarou que Milei não representava os valores democráticos. Desde então, não houve encontros bilaterais, mesmo após a posse do argentino. Uma tentativa de diálogo ocorreu quando Milei enviou uma carta propondo uma reunião, mas as críticas reiteradas contra Lula, como sua declaração: “Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso?”, mantiveram o clima de animosidade.
Além das tensões pessoais, o G20 evidenciou profundas diferenças ideológicas. Enquanto Lula defendeu a criação de um imposto global sobre grandes fortunas para combater a fome, Milei se posicionou contra a proposta, alinhando-se ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Milei defende a soberania nacional em detrimento de compromissos globalistas, sinalizando uma oposição às políticas econômicas e sociais promovidas por Lula, que busca envolver instâncias multilaterais na tomada de decisões dos governos.