O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou oficialmente sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PSD nesta terça-feira (20), durante a 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Leite também confirmou sua saída do PSDB, partido no qual construiu toda sua trajetória política nos últimos 24 anos. “Sim, eu sou um pré-candidato à Presidência da República. Busco este caminho, é uma aspiração legítima de quem foi prefeito, governador e quer muito contribuir com o Brasil”, declarou.
A mudança de partido foi confirmada no último dia 9, durante evento em São Paulo, quando o presidente do PSD, Gilberto Kassab, oficializou a filiação e apontou Leite como presidenciável da sigla. “Chega ao partido como presidente do PSD no RS e pré-candidato à Presidência da República, por todas as suas qualidades e experiência”, disse Kassab. Ao lado de Raquel Lyra, governadora de Pernambuco também recém-filiada ao PSD, Leite representa mais uma baixa no PSDB, que agora conta com apenas um governador: Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul.
Apesar do discurso voltado ao Planalto, o próprio Leite reconheceu que seu nome não é prioridade no projeto presidencial do PSD. “Tenho pelo governador Ratinho Junior enorme respeito e admiração. Mesmo por isso, não procuraria, a qualquer custo, ser candidato para liderar um projeto nacional concorrendo com quem eu tenho muita convergência”, afirmou, sinalizando que poderá apoiar outros nomes da legenda. Internamente, cresce a percepção de que Leite mira, na verdade, uma vaga ao Senado em 2026, onde lidera as intenções de voto no Rio Grande do Sul, segundo o Instituto Paraná Pesquisas.