O dólar fechou a semana cotado a R$ 6,001 pela primeira vez em toda a história, renovando o recorde de valor nominal pelo terceiro dia seguido. A moeda chegou a atingir a cotação de R$ 6,115 na máxima do dia, até virar para queda no início da tarde em reação aos acenos de responsabilidade fiscal dos líderes do Congresso.
A disparada da moeda norte-americana, em curso desde quarta-feira, é em reação às medidas de ajuste fiscal do atual Governo. Apresentado na quarta-feira (27), o pacote prevê uma economia de R$ 71,9 bilhões em 2025 e 2026 e decepcionou o mercado financeiro por excluir medidas de maior impacto fiscal. Houve ainda a elevação para até R$ 5.000 na faixa de isenção de Imposto de Renda, tendo como fonte a taxação de quem ganha acima de R$ 50 mil mensais, os chamados super-ricos.
Para conter os ânimos, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reforçaram apoio do Congresso às medidas de corte de gastos e austeridade fiscal.
Mas nada disso foi suficiente para frear o dólar.