O ovo, tão presente na mesa dos brasileiros, sofreu uma alta vertiginosa de preços nas principais regiões do país e se tornou, do dia para a noite, um motivo de preocupação para as grandes redes de atacado e varejo, além de feirantes e consumidores. Somente na Grande São Paulo, os preços subiram 45,2% no caso dos brancos e 46,2% para os vermelhos. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP revela uma disparada recorde de preços.
No atual período de profunda crise econômica, muitos consumidores recorrem aos ovos de galinha porque não têm condições de comprar carne vermelha ou branca. A Associação Brasileira de Supermercados aponta ainda o período da Quaresma, que neste ano será entre os dias 5 de março e 17 de abril, tradicionalmente com uma demanda maior do alimento. Houve ainda um surto recente de gripe aviária nos Estados Unidos.
Na cidade capixaba de Santa Maria de Jetibá, a maior produtora de ovos do Brasil, o valor médio alcançou o maior nível já visto, no qual o preço de uma caixa com 30 dúzias de ovos brancos chegou a R$ 233,55, um aumento de 37,9% em relação a fevereiro de 2024. Já a caixa de ovos vermelhos disparou 40,8%, no valor de 264,21.
O cenário definitivamente impede que a população mais pobre se alimente de qualquer tipo de proteína no país. Mas recordar é preciso. Recentemente, Lula encontrou a ‘fórmula mágica’ para driblar a alta de preços de qualquer alimento ou produto: “se está caro, não compre!”, disse o petista.