A Alemanha seguiu o caminho dos Estados Unidos e deu uma guinada à direita com a vitória do partido conservador União Democrática Cristã (CDU) nas eleições parlamentares deste domingo (23). O resultado representou uma derrota histórica para o Partido Social-Democrata (SPD), do atual primeiro-ministro Olaf Scholz, e impulsionou o crescimento da direita no país. O CDU, liderado por Friedrich Merz, conquistou 208 cadeiras, enquanto o SPD caiu para 120, perdendo 86 assentos em relação a 2021. A Alternativa para a Alemanha (AfD) teve um avanço expressivo, tornando-se a segunda maior força política no Bundestag, com 152 cadeiras.
A vitória da direita deve trazer mudanças na política migratória alemã, um dos temas centrais da campanha de Merz. O líder conservador prometeu adotar medidas mais rígidas para restringir a imigração ilegal, reforçando os controles nas fronteiras e endurecendo as regras de asilo. Apesar disso, Merz descartou alianças com o AfD, partido que defende políticas ainda mais radicais, incluindo a deportação de cidadãos como está sendo feito atualmente nos Estados Unidos.
Lideranças internacionais reagiram à eleição. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou o resultado como um “grande dia para a Alemanha”, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou interesse em estreitar laços com o novo governo. Merz, por sua vez, afirmou que pretende formar um governo rapidamente para restaurar a estabilidade no país. “Todo mundo no mundo vê que a Alemanha tem um governo confiável e digno de confiança”, declarou.