A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL) foi recebida em um evento do PL Mulher em Curitiba, neste sábado, 16, sob aplausos e com o coro de “senadora”. Ela é cotada para disputar as eleições suplementares no Paraná, caso o senador Sérgio Moro (União-PR) tenha o mandato cassado pelo TRE-PP (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) por abuso de poder econômico.
Michele é presidente do PL Mulher e participou de encontro estadual do partido, realizado para mulheres. Em seu discurso, alfinetou a deputada e presidente do PT, Gleise Hoffman, que também disputa a cadeira de Moro no senado.
“Tem uma narizinho que está super revoltada, que não aceita a gente questionar”, disse sobre a presidente do PT.
“Por que dá tanto chilique? Vai cuidar do seu lindinho”, disse referindo-se ao deputado Lindbergh Farias, namorado de Gleisi.
Michele, que é cristã, agitou o público ao falar do chamado de Deus em sua vida. “Creio que Deus está me chamando para algo novo no Brasil, e eu estou aqui”, afirmou. Em resposta, a plateia aclamou a ex-primeira-dama: “Senadora, senadora”.
“Senadora de onde? Daqui? Deus vai dar sabedoria para vocês escolherem o melhor para o estado do Paraná. Uma pessoa que seja realmente elegante, que possa ter elegância para trabalhar e para lutar por esse estado tão maravilhoso”.
Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral do Paraná se manifestou a favor da ação eleitoral movida pelo PL e PT que pede a cassação do mandato de Moro por abusar da exposição e dos recursos na pré-campanha para a Presidência da República. Se for condenado, terá o mandato cassado pelo TRE e serão realizadas eleições suplementares para eleger uma nova chapa, que ficará no senado até 2030.
O comportamento de Moro em relação à votação de Flávio Dino para o STF, repercutiu negativamente perante o público e minou o capital político do ex-juiz. Com isso, novos nomes surgem para substituir o senador no Paraná. Entre eles, o de Michele Bolsonaro tem agradado à ala da direita no estado. Outro cotado do PL na disputa é o ex-deputado Paulo Martins, que ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado com Sérgio Moro.