Tem certas notícias que surpreendem até mesmo o jornalista acostumado com fatos que provocam impacto no dia a dia de uma redação. Certamente estamos diante de um caso como esse. A ex-presidente Dilma Rousseff foi eleita ‘Mulher Economista de 2023’ pelo sistema Confecon/Conrecons, que reúne o Conselho Federal de Economia e os conselhos regionais da categoria.
Dilma é a atual presidente do NDB (sigla em inglês para Novo Banco de Desenvolvimento), o Banco do Brics. Assumir tal posto já causa tamanha estranheza diante da passagem dela pela Presidência da República. A ex-presidente esteve à frente do Palácio do Planalto, entre 2011 e 2016, e ficou marcada por uma das piores recessões econômicas da história do Brasil, com agravamento do desemprego, aumento dos gastos públicos e queda vertiginosa do PIB. Foi uma catástrofe que se abateu sobre o nosso país e resultou no impeachment da petista, em 2016.
Se a área econômica se tornou o ‘calcanhar de Aquiles’ de Dilma, como ela se tornou a economista do ano? Bem, a reposta foi dada por quem julgou e reconheceu o mérito da vencedora: “O Sistema Cofecon/Corecons reafirma seu compromisso com a promoção da igualdade de gênero e o reconhecimento do talento feminino em todas as esferas profissionais”, completa o comunicado divulgado no site do Cofecon.
A solenidade de entrega da honraria ocorrerá em 2024. Até lá, caro leitor, vamos aguardar ansiosos pelo discurso da premiada. Talvez a melhor parte disso tudo ainda está por vir.