O mês de fevereiro marcou um novo recorde no déficit primário do Governo Central, atingindo a cifra de R$ 58,444 bilhões, o maior desde que a série histórica teve início em 1997. Esse resultado foi impulsionado pela antecipação de R$ 30,1 bilhões em precatórios, que impactaram drasticamente as contas públicas, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional.
Comparando com o mesmo período do ano anterior, o déficit apresentou um aumento de 37,7%, superando as expectativas das instituições financeiras que projetavam um resultado negativo de R$ 31 bilhões para o mês de fevereiro. Apesar disso, nos dois primeiros meses do ano, o Governo Central conseguiu registrar um superávit primário de R$ 20,941 bilhões, mas esse valor representou uma queda de 46,9% em relação ao mesmo período do ano passado, descontando a inflação pelo IPCA.
Essa antecipação de precatórios, somada aos gastos com programas sociais como o Bolsa Família e os encargos da Previdência Social, contribuíram para o aumento das despesas. Enquanto isso, as receitas apresentaram um crescimento, principalmente nas receitas administradas, refletindo a recomposição de tributos sobre combustíveis e a recuperação da economia, conforme analisado pelo Ministério da Economia.