A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que desencadeou na apreensão do passaporte dele e na prisão de alguns de seus aliados.
“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro, diante das medidas cautelares deflagradas nesta data, e que contemplaram, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos, vem manifestar sua indignação e inconformismo”, diz o comunicado.
A nota deixa claro que o ex-presidente jamais compactuou com qualquer movimento que tivesse o objetivo de destruição a democracia.
“A despeito disso, desde março vem sendo alvo de repetidos procedimentos, que insistem em uma narrativa divorciada de quaisquer elementos que amparassem as graves suspeitas que repetidamente lhe vem sendo impingidas”, confirma o texto.
A PF deflagrou a ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os alvos, estão militares, ex-ministros e aliados do ex-presidente, como o general Augusto Heleno, general Walter Souza Braga Netto, o ex-ministro Anderson Torres, o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, entre outros.
“A despeito de sua absoluta voluntariedade e disponibilidade em comparecer a todos as convocações feitas por determinação do Supremo Tribunal Federal, foi-lhe determinada a apresentação de seu passaporte, impedindo-lhe, portanto, de realizar quaisquer viagens internacionais. A medida se mostra absolutamente desnecessária e afastada dos requisitos legais e fáticos que visam garantir a ordem pública e o regular andamento da investigação, os quais sempre foram respeitados”, conclui a defesa.
A nota foi assinada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten