Daniel Noboa assumiu a Presidência do Equador nesta quinta-feira (23) e começará seu mandato decretando estado de exceção para enviar ao Congresso suas propostas de Reforma Tributária e Energética como Projetos de Lei urgentes.
O anúncio foi feito na tarde de quarta-feira (22), durante a revisão da cerimônia de transmissão de cargo na sede do Legislativo. Noboa, de 35 anos, torna-se o presidente mais jovem desde a restauração democrática em 1979. Líderes regionais e representantes internacionais estiveram na sessão solene.
O empresário e político Álvaro Noboa, pai de Daniel, que tentou a presidência em cinco ocasiões, também esteve na posse. Daniel Noboa afirmou que seu pai pavimentou o caminho para sua presidência ao longo de 25 anos.
Noboa revelou que suas reformas visam incentivar a geração de empregos para jovens e evitar futuros racionamentos de energia elétrica. Ele planeja assinar três decretos importantes após assumir o cargo, enviar as reformas ao Congresso em 72 horas e fazer um pronunciamento ao país em 27 de novembro para informar sobre a situação do Equador.
O presidente eleito anunciou sua intenção de formar alianças legislativas com o partido que estava no poder, o Partido Social Cristão e o correísmo para impulsionar “questões-chave”. Noboa destacou que essas alianças são democráticas e buscam tirar o país da “miséria, violência, desemprego e negligência”.
As pesquisas mais recentes dão a Noboa um apoio de 74,4%, enquanto o presidente em fim de mandato, Guillermo Lasso, deixa o governo com uma avaliação de gestão de 12,3%, segundo pesquisas. Noboa antecipa reações de grupos de poder e criminosos ao abordar a corrupção e adverte que não tolerará a impunidade.
Durante a campanha presidencial no Equador, opositores frontais como o presidente Noboa e Fernando Villavicencio sofreram perseguição do crime organizado, sendo o segundo deles assassinado com três tiros na cabeça.