O governo Lula (PT) anunciou cortes nos orçamentos da Defesa Nacional, Polícia Federal (PF) e Agência Brasileira de Inteligência (Abin), totalizando mais de R$ 400 milhões. Essas medidas foram formalizadas por meio de uma portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento em 11 de abril, sob a direção de Simone Tebet (MDB), seguindo as diretrizes do novo marco fiscal aprovado pelo Congresso em 2023.
Entre os órgãos afetados, o Ministério da Defesa foi o mais impactado, sofrendo um corte de R$ 280 milhões. A PF teve sua verba reduzida em R$ 133 milhões, enquanto a Abin enfrentou um corte de R$ 17 milhões. Em resposta, a PF enviou um ofício ao Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitando uma verba suplementar de R$ 527 milhões, alertando para o risco iminente de paralisia das operações e investigações a partir de setembro.
Esses cortes ocorrem em um contexto crítico de segurança e satisfação da população, segundo levantamento recente da Ipsos, que revela que os cidadãos percebem a segurança de forma negativa, com apenas 53% de satisfação em relação à segurança pessoal. Isso coloca o Brasil abaixo da média global de 73%, evidenciando a necessidade de investimentos consistentes na segurança pública, ao passo que os cortes orçamentários vão na direção oposta, o que poderia beneficiar o crime.